São muitos os talentos escondidos no meio desta aldeia dos Casais de Revelhos, perdidos na lavoura, no trabalho doméstico, na cuida e acompanhamento dos filhos e netos, no trabalho por conta de outrém, na função pública ou privada, mas são dez corações apaixonados pela arte dos palcos que se enchem de coragem para se deixar levar por aquilo que lhe faz brilhar de verdade os olhos: a arte de representar.
São eles: José Baptista, Rosa de Jesus, Maria Amélia, Daniel Alpalhão, Idaleta de Matos, Elvira de Matos, Maria José Chambel, Francisco Alpalhão.
Música: Miguel Alberto da Silva Lopes
São na verdade um grupo de gente cheia de alma e criatividade, que se fecha humildemente entre quatro paredes durante meses, todos as semanas num dia à noite, para ensaiar, falar, escrever rimas e fazer músicas, escolher os temas que irão a palco, ensaiar, comer, beber, cantar e dançar..., pois bem divertir-se.
Esta atividade foi introduzida nos Casais de Revelhos, na década de 50 do século, por um grupo de pessoas entre elas o Ti Carlos e o Eduardo Venâncio passado como uma forma de entretenimento e diversão.
1- Poema, Mª José, 2 - Marcha de entrada, todos, 3 - O homem que sabia demais, Francisco, 4 - O esfarrapadinho, Mª Amélia, 5 - Mezuras, Daniel, 6 - O preto, Elvira e Idaleta, 7 - Maria Virgínia, Mª Virgínia, 8 - Moleirinha, Rosa, 9 - Bandeira de Portugal, Mª José, 10 - Eclipse, Francisco e Daniel, 11 - Cachopa da fonte, Senhoras, 12 - Senhora da Conceição, Mª José, 13 - Quinta feira da Ascensão, Idaleta,
INTERVALO
14 - Despique de namorados, Mª Amélia e Elvira, 15 - Os Velhinhos, José e Mª José, 16 - Rendeiro, Rosa, 17 - Fingi que morri, Francisco, 18 - Samaritana, José e Rosa, 19 - O meu relógio, Daniel, 20 - Improviso, 21 - Maria são teus olhos azeitona, Senhoras, 22 - Raio X, Francisco, 23 - Cantiga da Rua, todos.
Somos uma aldeia que tem mais passado para deixar ao futuro, por isso preservamos as tradições e os costumes, e partilhamos com quem as voltou a valorizar e está disposto a conhecê-las.
Assim quer faça sol, chuva, vento ou granizo cá estamos todos nesta sede da nossa sociedade, lado a lado neste trilho, num caminho enfeitado pelo brilho da representação...
Um bem haja a todos,
"As mentes que se abrem a novas ideias, jamais voltarão ao seu tamanho inicial"
Adapatado de Albert Einstein
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